A brisa vaga no prado, Perfume nem voz não tem; Quem canta é o ramo agitado, O aroma é da flor que vem.
A mim, tornem-me essas flores Que uma a uma eu vi murchar, Restituam-me os verdores Aos ramos que eu vi secar
E em torrentes de harmonia Minha alma se exalará, Esta alma que muda e fria Nem sabe se existe já.
Autor: Almeida
Garrett (1799-1854) |