Meu coração tem catedrais imensas, - Templos de prismas e longínquas datas, Onde um nume do amor em serenatas Canta a aleluia virginal das crenças. Na ogiva fúlgida e nas colunatas Vertem lustrais irradiações intensas, Cintilações de lâmpadas suspensas E as ametistas e os florões e as pratas. Como os velhos templários medievais Entrei um dia nessas catedrais E nesses templos claros e risonhos... E erguendo os gládios e brandindo as hastas, No desespero dos iconoclastas, Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!
Autor: Augusto dos Anjos (1884-1914) |
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