Com humano saber, e não divino, Ficará de tamanha culpa dino Quamanha ficais sendo em contemplar-vos.
Não pretenda ninguém de louvor dar-vos, Por mais que raro seja, e peregrino: Que vossa fermosura eu imagino Que Deus a ele só quis comparar-vos.
Ditosa esta alma vossa, que quisestes Em posse pôr de prenda tão subida, Como, Senhora, foi a que me destes.
Melhor a guardarei que a própria vida; Que, pois mercê tamanha me fizestes, De mim será jamais nunca esquecida.
Autor: Luís de Camões Editado por: nicoladavid |
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