
Espírito que passas, quando o vento Adormece no mar e surge a Lua, Filho esquivo da noite que flutua, Tu só entendes bem o meu tormento... Como um canto longínquo - triste e lento Que voga e subtilmente se insinua, Sobre o meu coração que tumultua, Tu vestes pouco a pouco o esquecimento... A ti confio o sonho em que me leva Um instinto de luz, rompendo a treva, Buscando entre visões, o eterno Bem. E tu entendes o meu mal sem nome, A febre de Ideal, que me consome, Tu só, Génio da Noite, e mais ninguém!
Autor: Antero de Quental Editado por: nicoladavid |
Não esqueça de ligar o som.
|
|