Quando a hora dobra em triste e tardo toque E em noite horrenda vejo escoar-se o dia, Quando vejo esvair-se a violeta, ou que A prata a preta têmpora assedia; Quando vejo sem folha o tronco antigo Que ao rebanho estendia a sobra franca E em feixe atado agora o vejo trigo Seguir o carro, a barba hirsuta e branca; Sobre tua beleza então questiono Que há de sofrer do Tempo a dura prova, Pois as graças do mundo em abandono Morrem ao ver nascer a graça nova. Contra a foice do tempo é vão combate Salvo a prole, que o enfrenta se te abate. Editado por: nicoladavid |
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