Por um por todos por nenhum faço o meu canto canto a minha mágoa num desencanto aberto pelo gume deste pranto tão limpo como a água.
Por nenhum por todos ou por um eu dou o meu poema o meu tecido de palavras gravadas com o lume do medo que na voz trago vencido.
Por nenhum por um mesmo por todos sou a bala e o vinho sou o mesmo que pisa as uvas os versos e o lodo num chão onde a coragem nasce a esmo.
Autor:
Joaquim Pessoa |
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