Não era a minha alma que eu queria ter. Esta
alma já feita, com seu toque de sofrimento. E
de resignação, sem pureza nem afoiteza. Queria
ter uma alma nova. Decidida,
capaz de tudo ousar. Nunca esta que tanto conheço, compassiva,
torturada, de trazer por casa. Era uma alma asselvajada, impoluta, nova, nova, nova, nova!
Autora:
Irene Lisboa (1892-1958) |