
Já não digo um dia, Nem menos uma hora; Um momento fora Sequer de alegria.
Em que respirara
De mágoas tamanhas, Tantas, tão estranhas Antes que acabara.
Se cada ano perde Sua folha a planta, Cada ano outra tanta Lhe nasce mais verde.
O rio, que corre, Vai para tornar, Entra e sai do mar, Assim nunca morre.
Mas onde se viu Que tornasse a vida, Depois de partida Donde se partiu?
Autor Frei Agostinho da Cruz (1540-1619) Editado por: nicoladavid |