A minha égua lazã Teve uma linda cria, Nascida ante-manhã, Mal, ao de leve, despontava o dia... Cá fora Na placidez da hora enregelada e fria, Silenciosa e deserta a terra dormitava. E pela porta aberta Da velha estrebaria, Um hálito de vida se escapava E, como fumo, manso, se perdia. Sombras de uma lanterna fraca Dançavam, ágeis, na parede escura; E brandamente, Naquela luz opaca, Tudo envolvia uma doçura quente. Sobre a palha doirada, Venho assomar-me à porta, |