fecho-me
para que me abras
não tenho mais mistério
nem mais segredos
do que este
abres-me
não
és vontade de abrir
aperto-me ainda mais
sempre mais, nunca aprendes?
e se me abrisses toda verdadeiramente
quantos redutos ainda teria a mente
quantos atalhos e caminhos descalços
para lado nenhum?
ainda que te diga que minto
ainda que te force a mão
a pensar como punho
Autora: Ana Saraiva
Editado por: nicoladavid
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