Minha amada tão longe! Com franqueza: eu penso sempre em me mudar daqui. Pôr na sacola o pão que está na mesa, sair vagabundando por aí.
A luz do quarto ficará acesa. (Foi neste quarto que eu me conheci...) Deixarei um bilhete sobre a mesa, dizendo a minha mãe por que parti.
Ah! ir cantando pelo mundo afora, como um boêmio amigo das cantigas, alma febril que a música alivia!
Se perguntarem, digam: "Ainda agora saiu buscando terras mais amigas, mas é possível que
ele volte um dia." Autor: Alphonsus de Guimaraens Filho (1918-2008) |