(a Mário de Andrade)
Há soalhas tinindo. São pandeiros. Dos céus, dos mares, dos estivadores, chegam canções. E contam que os amores morreram. Até os puros e os primeiros.
Serão canções carnavalescas? Cheiros de éter, contorções, risos e cores. Mulheres mortas. Préstitos. Temores. Ventos do norte, ventos companheiros...
Há soalhas tinindo. Um enterro passa. Vão sepultar a leve incompreendida. Chocalham risos. Vai cantar alguém.
Sufoca a treva. Mata. Amor? Chalaça... Eulália é morta? Eulália está ferida? Falem mais alto,
que eu não ouço bem. Autor: Alphonsus de Guimaraens Filho (1918-2008) |