Busquei-te em tudo quanto me fugia e solitário ardeu meu coração; em cada rua e casa e torre não vi mais que o silêncio que fremia
na tua sepultura... Onde estaria quem me vestiu de sonho e solidão, e que país remoto habitaria, se agora tudo é morte, e as coisas vão
aos poucos se perdendo na neblina da alma? De joelhos, contemplando a noite que circunda o ser, procuro
ver-te na grande paz, na paz divina que em cada estrela fica latejando e docemente envolve o mundo escuro. Autor: Alphonsus de Guimaraens Filho (1918-2008) |
|