Ter-te amado, a fantasia exata se cumprindo sem distância. Ter-te amado convertendo em mel o que era ânsia. Ter-te amado a boca, o tato, o cheiro: intumescente encontro de reentrâncias. Ter-te amado fez-me sentir:
no corpo teu, o meu desejo – é ancorada errância.
Autor: Affonso Romano de
Sant’Anna (1937)
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