Como quando do mar tempestuoso De um naufrágio cruel saindo a nado, Só de ouvir falar nele está medroso; Firme jura que o vê-lo bonançoso Do seu lar o não tire sossegado; Mas esquecido já do horror passado, Dele a fiar se torna cobiçoso; Assi, Senhora, eu que da tormenta De vossa vista fujo, por salvar-me, Jurando de não mais em outra ver-me; Com a alma que de vós nunca se ausenta, Me torno, por cobiça de ganhar-me, Onde estive tão perto de perder-me. Autor: Luís Vaz de Camões Editado por: nicoladavid |
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