Ideias que em desgostos exercitas Te rodeiam de espectros, e de medos Curvada, e sotoposta aos penedos, Que fazes, Lise triste, que meditas? Cercam-te os ais de vozes mil aflitas, Vês partido dos raios os rochedos; Em rudes troncos, densos arvoredos, Que vês, Lise? Senão mágoas escritas? Que em sítio tão cruel te tem cercada, Ainda mais com teu pranto se acrescenta. Vê do trovão a nuvem carregada, Teme os coriscos que entre si fermenta, Escuta o negro mar que ao longe brada.
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