À esfera, cujo azul glorioso abril desvenda para a festa da luz, prodigamente esparsa, a emigrante voltou. A sua alma é uma lenda, do éter bordada na alta e invisível talagarça.
Alvinegra, pelo ar, ei-la que o voo emenda, brinca, ziguezagueia, já a descer - disfarça, alteia... e, assim, até voltar à humilde tenda, onde tem glórias de águia e vaidades de garça.
E, quando, entre outras, chega enchendo o espaço de asas, o coração lhe fica onde a prole se aninha, no beiral de uma torre, erguida às coisas rasas...
A vida humana é tão diversa, é tão mesquinha!... - Pudéssemos nós ter, no recesso das casas, a alegria feliz do lar dessa andorinha!...
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