Leia a posteridade, ó pátria Rio, Em meus versos teu nome celebrado, Por que vejas uma hora despertado O sono vil do esquecimento frio:
Não vês nas tuas margens o. sombrio, Fresco assento de um álamo capado; Não vês Ninfa cantar, pastar o gado Na tarde clara da calmoso estio.
Turvo banhando as pálidas areias Nas porções do riquíssimo tesouro O vasto campo da ambição recreias.
Que de seus raios o Planeta louro, Enriquecendo o influxo. em tuas veias, Quanto em chamas fecunda, brota em ouro. Autor: Cláudio Manuel da Costa (1729-1789) |