Os pequenos lumes que daqui vejo
São grandes luzeiros na amplidão escura. Inertes, rebrilham açoitando as trevas; Fulguram singelas centelhas de ternura. Os cintilantes lumes que daqui vejo Impõem seu brilho na imensa escuridão. Despontam imponentes; hostes no firmamento, Mesmo havendo entre eles anos-luz de solidão. Os distantes lumes que daqui vejo Compõem poemas de suave reflexão. Segredam em silêncio a quem sabe lê-los, Que há fagulhas no recôndito do coração. Os lumes que daqui vejo, A anos-luz de solidão. Autor: Amauri Baldine |
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